Nem todos os músicos velocistas ou “Shredding” são do meu agrado, acho que priorizaram a velocidade ao real conteúdo. Não é o caso de Guthrie, que além de ser muito rápido e preciso, tem uma pegada limpa e gostosa de ouvir. Um verdadeiro deleite, sou fã desse cara, só sinto falta de temas próprios , na verdade não ouvi muitos, mas aqueles que ele reinterpreta ele o faz muito bem, então já esta valendo.
Guthrie Govan nasceu em Chelmsford, Essex, Inglaterra, em 27 de dezembro de 1971. Seus pais apreciavam muito a musica, era normal ouvir em sua casa a Hendrix os Cream, Beatles e Elvis Presley. Com apenas três anos seu pai lhe deu o primeiro violão, após ensinar-lhe cinco ou seis acordes falou: “ Agora se vira”.Foi um autodidata , aprendia de ouvido com grande facilidade, o que motivou seu pai a presentear-lhe com uma "Gibson SG Special" quando ele tinha 7 anos, guitarra alias, que possui e usa até hoje em algumas ocasiões.
Com apenas nove anos ele e seu irmão participaram de um programa da Thames Television chamado "Ace Reports" que tratava de crianças que faziam coisas incomuns. Tocariam "Purple Haze" de Jimi Hendrix e "School Days" de Chuck Berry.Isso lhe deu algum prestigio entre os amigos e com certeza aumentou sua motivação.
Tocava aquilo que ouvia, e ele ouvia de tudo. Ficou bastante interessado pelo jazz ao ouvir discos que seu pai tinha de Joe Pass. Guthrie queria aprender tudo. Isto o levaria a visitar a biblioteca local para aprender solfejo e teoria musical, alcançando grandes conhecimentos sem ajuda de ninguém.
Ouvindo Frank Zappa descobriu Steve Vai, o que o levaria á técnica “shred”, logo estaria ouvindo Yngwie Malmsteen, Joe Satriani e principalmente Tony Macalpine, que conforme ele relata “ ouvia a diário”.
Guthrie chamou a atenção do produtor Mike Varney, que havia trabalhado com artistas que Guthrie admirava, como: Yngwie Malmsteen, Tony MacAlpine, Richie Kotzen, Vinnie Moore, Greg Howe, Paul Gilbert e outros. Se sentiu intimidado, era jovem e não se achava bom o bastante, o que fez que declina-se a oferta. Pouco tempo depois, em 1993 ele ganharia um concurso da revista “Guitarist magazine’s” do concurso "Guitarist of the decade" com a musica "Wonderful Slippery Thing". Isto lhe abriria as portas para trabalhar como colaborador da revista “Guitar Techniques magazine”.
Em 2001 entraria a formar parte da super banda Ásia criada por ex membros de bandas como Yes; King Crimson; Emerson, Lake and Palmer e The Buggles. Permaneceria até 2006.
Guthrie Govan playing to Albert King style track
Guthrie Govan - Bullet Blues
Guthrie Govan playing to Larry Carlton style track
Guthrie Govan-Funky Blues
Guthrie Govan & Ben Poole
Guthrie Govan playing to B.B. King style track
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4 comentários:
1.-
Garção Lopes
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09 outubro, 2009
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Anônimo
disse...
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09 outubro, 2009
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Bruno
disse...
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15 julho, 2011
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TEL
disse...
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16 julho, 2011
Não sei se acordei demasiado filosófico hoje, mas tenho que dizer isto...
A riqueza da expressão humana está por exemplo na dificuldade de por no mesmo saco um Joe Pass e um Kurt Cobain.
A "Ciencia" tende a valores exactos, técnicos, a "Arte" tende à diversidade. São duas componentes essenciais do ser humano. Não existe o guitarrista melhor, porque a música antes de ser uma ciencia é uma arte. Mas que há alguns mais aptos, isso sim, e o Guthrie Govan demonstra isso bem...
Grande Guthrie!
Tem razão, não existe o melhor. Estou fazendo um post sobre Eddie Hazel dos Funkadelic ( existe um post sobre eles)e nesse momento ele é o cara, sem igual. O que me atrai é aquele musico que soube criar seu estilo próprio, característico, com um algo a mais impalpável. È como um vinho que adquire as qualidades do lugar onde cresceu. Tô filosófico também? :)
Valeu pelo comentário, até mudei o texto por causa dele, para deixar claro que ele não é o melhor. È muito bom, e gostaria muito de ver ele tocando uns blues mais pausados, menos vertiginosos. Mas acho que essa fase shredder dele não vai durar pra sempre, espero.
Um abaço
Eu também o achava o melhor cara, até eu ouvir Allan Holdsworth e Shawn Lane... principalmente o último, que equilibra feeling e técnica tão bem quanto Govan.
Allan Holdsworth tem uma abordagem muito inteligente... Metal Fadigue esteve no meu carro durante muitos anos... :) tal como o Scott Henderson. Mas dentro desse género fusão, o meu preferido é sem duvida o Mclaughlin: the heart of things é o meu album de escolha.. O Shawn Lane é impressionante sim, não o ouvi muito. Um abraço.
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