8 de outubro de 2009

Guthrie Govan


Muitos falam que este ou aquele é o melhor guitarrista, sempre resisti a outorgar o cetro a um musico em concreto, cada qual em seu estilo e momento. Porém se formos considerar técnica, virtuosismo e versatilidade, com certeza Guthrie Govan é fera , na verdade sempre que ouvimos um musico bom dizemos: " Este é o cara".
Nem todos os músicos velocistas ou “Shredding” são do meu agrado, acho que priorizaram a velocidade ao real conteúdo. Não é o caso de Guthrie, que além de ser muito rápido e preciso, tem uma pegada limpa e gostosa de ouvir. Um verdadeiro deleite,  sou fã desse cara, só sinto falta de temas próprios , na verdade não ouvi muitos, mas aqueles que ele reinterpreta ele o faz muito bem, então já esta valendo.

Guthrie Govan nasceu em Chelmsford, Essex, Inglaterra, em 27 de dezembro de 1971. Seus pais apreciavam muito a musica, era normal ouvir em sua casa a Hendrix os Cream, Beatles e Elvis Presley. Com apenas três anos seu pai lhe deu o primeiro violão, após ensinar-lhe cinco ou seis acordes falou: “ Agora se vira”.Foi um autodidata , aprendia de ouvido com grande facilidade, o que motivou seu pai a presentear-lhe com uma "Gibson SG Special" quando ele tinha 7 anos, guitarra alias, que possui e usa até hoje em algumas ocasiões.
Com apenas nove anos ele e seu irmão participaram de um programa da Thames Television chamado "Ace Reports" que tratava de crianças que faziam coisas incomuns. Tocariam "Purple Haze" de Jimi Hendrix e "School Days" de Chuck Berry.Isso lhe deu algum prestigio entre os amigos e com certeza aumentou sua motivação.

Tocava aquilo que ouvia, e ele ouvia de tudo. Ficou bastante interessado pelo jazz ao ouvir discos que seu pai tinha de Joe Pass. Guthrie queria aprender tudo. Isto o levaria a visitar a biblioteca local para aprender solfejo e teoria musical, alcançando grandes conhecimentos sem ajuda de ninguém.

Ouvindo Frank Zappa descobriu Steve Vai, o que o levaria á técnica “shred”, logo estaria ouvindo Yngwie Malmsteen, Joe Satriani e principalmente Tony Macalpine, que conforme ele relata “ ouvia a diário”.

Guthrie chamou a atenção do produtor Mike Varney, que havia trabalhado com artistas que Guthrie admirava, como: Yngwie Malmsteen, Tony MacAlpine, Richie Kotzen, Vinnie Moore, Greg Howe, Paul Gilbert e outros. Se sentiu intimidado, era jovem e não se achava bom o bastante, o que fez que declina-se a oferta. Pouco tempo depois, em 1993 ele ganharia um concurso da revista “Guitarist magazine’s” do concurso "Guitarist of the decade" com a musica "Wonderful Slippery Thing". Isto lhe abriria as portas para trabalhar como colaborador da revista “Guitar Techniques magazine”.

Em 2001 entraria a formar parte da super banda Ásia criada por ex membros de bandas como Yes; King Crimson; Emerson, Lake and Palmer e The Buggles. Permaneceria até 2006.

Guthrie Govan playing to Albert King style track
Guthrie Govan - Bullet Blues
Guthrie Govan playing to Larry Carlton style track
Guthrie Govan-Funky Blues
Guthrie Govan & Ben Poole
Guthrie Govan playing to B.B. King style track





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4 comentários:

1.
Garção Lopes disse...

Não sei se acordei demasiado filosófico hoje, mas tenho que dizer isto...

A riqueza da expressão humana está por exemplo na dificuldade de por no mesmo saco um Joe Pass e um Kurt Cobain.

A "Ciencia" tende a valores exactos, técnicos, a "Arte" tende à diversidade. São duas componentes essenciais do ser humano. Não existe o guitarrista melhor, porque a música antes de ser uma ciencia é uma arte. Mas que há alguns mais aptos, isso sim, e o Guthrie Govan demonstra isso bem...

Grande Guthrie!

Anônimo disse...

Tem razão, não existe o melhor. Estou fazendo um post sobre Eddie Hazel dos Funkadelic ( existe um post sobre eles)e nesse momento ele é o cara, sem igual. O que me atrai é aquele musico que soube criar seu estilo próprio, característico, com um algo a mais impalpável. È como um vinho que adquire as qualidades do lugar onde cresceu. Tô filosófico também? :)
Valeu pelo comentário, até mudei o texto por causa dele, para deixar claro que ele não é o melhor. È muito bom, e gostaria muito de ver ele tocando uns blues mais pausados, menos vertiginosos. Mas acho que essa fase shredder dele não vai durar pra sempre, espero.
Um abaço

Bruno disse...

Eu também o achava o melhor cara, até eu ouvir Allan Holdsworth e Shawn Lane... principalmente o último, que equilibra feeling e técnica tão bem quanto Govan.

TEL disse...

Allan Holdsworth tem uma abordagem muito inteligente... Metal Fadigue esteve no meu carro durante muitos anos... :) tal como o Scott Henderson. Mas dentro desse género fusão, o meu preferido é sem duvida o Mclaughlin: the heart of things é o meu album de escolha.. O Shawn Lane é impressionante sim, não o ouvi muito. Um abraço.